Propósito: avaliar os resultados obtidos em pacientes com bócio uninodular não tóxico confinado ao istmo submetido à istimectomia.

Métodos: Entre Abril de 1994 e Junho de 2006, 330 pacientes consecutivos com bócio uninodular atóxico foram submetidos a tiroidectomia na nossa instituição. Em 31 pacientes, as lesões foram limitadas ao istmo tireoidiano com evidência de patologia benigna ou indeterminada na biópsia por aspiração de agulha fina guiada por ultra-som. Foi realizada uma istimectomia total.

Resultados: No pré-operatório, os nódulos da tireóide na ultrassonografia eram sólidos em 26 pacientes e misturados com componentes císticos e sólidos em 2. O tamanho médio dos nódulos era de 2,43 (+/- 0,88) cm. Não ocorreram complicações intra-operatórias ou pós-operatórias. O exame histológico mostrou hiperplasia nodular em 29 casos, adenoma folicular em 1 e carcinoma papilífero da tireóide em 1. O paciente com carcinoma papilífero foi submetido a lobectomia bilateral 7 dias depois. Um total de 24 pacientes (77,4%) compareceram às consultas clínicas de acompanhamento (média de 70,57 meses). O exame ultra-sonográfico revelou nódulos tireoidianos em 17 pacientes, em 16 dos quais nódulos variaram de um a cinco (0,5 a 2 cm de tamanho) e não foi indicada nova cirurgia. Um paciente com nódulo de 4 cm e deslocamento traqueal encontrado na ultra-sonografia 2 anos após a istimectomia teve resultados inconclusivos de FNAB. Esta paciente foi reoperada para realização de tireoidectomia completa, que foi realizada com sucesso sem dificuldades técnicas. A detecção de nódulos recorrentes foi independente do tempo decorrido desde a istimectomia tireoidiana.

Conclusões: Estes achados documentam a viabilidade e eficácia da istimectomia em nódulos solitários da tireóide confinados ao istmo.

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