Algum tempo no futuro, milhares de atletas de mais de 200 países se reunirão em Tóquio para os Jogos da XXXII Olimpíada. Para os competidores e espectadores, é um evento repleto de testes emocionantes de músculos, técnica, habilidade, e muito mais. Para a cidade anfitriã, eles são um empreendimento maciço de limpeza, construção e gestão de tráfego. É como as Olimpíadas de infraestrutura.
As cidades-sede devem acomodar uma enxurrada de visitantes e construir locais para eventos, bem como criar as vilas olímpicas espalhadas e famigeradas, onde os atletas abastecem, se recuperam e se divertem. Tudo isto a um preço íngreme: Os 68.000 lugares em Tóquio para as cerimónias de abertura e encerramento custaram 156,9 mil milhões de ienes, ou mais de 1,4 mil milhões de dólares.
Embora alguns edifícios olímpicos encontrem segundas vidas quando os jogos se esgotam, muitos são derrubados ou deixados, sem cerimónias, a apodrecer. Poucos meses depois dos jogos embrulhados no Rio de Janeiro, por exemplo, alguns locais foram saqueados, despojados de assentos e televisões. Anos depois dos jogos em Atenas, algumas piscinas de prática estavam cheias de água suja e marrom, e complexos esportivos estavam se desmoronando. Alguns edifícios – ou, pelo menos, elementos deles – podem ser salvos. O novo estádio de Tóquio apresenta dois murais em mosaico que haviam sido recuperados do local de natação usado para os jogos da cidade em 1964, antes da demolição daquele edifício em 2015.
Her onde encontrar relíquias das Olimpíadas – lembretes fantasmagóricos de que a maior competição atlética do mundo exige também a construção e os esforços de limpeza de Herculean.