No. 177:
CARNEGIE E ROCKEFELLER
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Hoje, nós conhecemos dois homens ricos. A Faculdade de Engenharia da Universidade de Houston apresenta esta série sobre as máquinas que fazem a nossa civilização funcionar, e as pessoas cujo engenho as criou.
O surgimento da América como potência industrial no final do século XIX assentou fortemente em duas substâncias — o petróleo e o ferro. E duas pessoas desempenharam um grande papel no fornecimento destes materiais.
Andrew Carnegie nasceu na Escócia em 1835, e a sua família mudou-se para a Pennsylvania quando o jovem Andrew tinha treze anos. John D. Rockefeller nasceu quatro anos mais tarde no norte de Nova York – o filho de um comerciante, que o mudou para Cleveland quando ele tinha seis anos.
Os primeiros empregos de Carnegie praticamente mapearam a emergência tecnológica da América do século 19. Ele era um rapaz da bobina numa fábrica têxtil, um operador de telégrafo, um motor de concurso. Depois ele trabalhou com ferrovias e com poços de petróleo. Mas quando ele tinha 38 anos ele começou a Keystone Iron Works, e ele ficou com isso até 1901. Nessa altura, a Keystone Iron tinha-se tornado a U.S. Steel, e Andrew Carnegie tinha-se tornado um dos homens mais ricos do planeta.
John D. Rockefeller entrou no negócio quando tinha 20 anos, e ele pegou no seu primeiro poço de petróleo como uma linha lateral. Ele logo viu que aquele era o cavalo certo para montar. Mesmo antes de os automóveis e aviões colocarem sua pesada reivindicação sobre o petróleo, ele tinha começado a substituir o carvão nas indústrias de energia.
Carnegie e Rockefeller — ambos surpreendentemente ricos no século 20 — chegaram a dar por dois caminhos diferentes: Mesmo antes de ter chegado ao seu apogeu, Carnegie escreveu que a vida de um homem rico deveria ir em duas fases… primeiro ganhando riqueza, depois usando essa riqueza para melhorar o bem-estar geral. E foi isso que ele fez. Ele criou o Instituto Carnegie, o Instituto Tuskegee, e muitas outras escolas. Ele se tornou o santo padroeiro das bibliotecas. Criou fundações caritativas.
Rockefeller, por outro lado, começou a dar quando as forças anti-trust fecharam na sua Standard Oil Company. Ele também criou corporações caritativas de todo tipo para dar dinheiro em excesso. Ele começou por criar a Universidade de Chicago. Quaisquer que fossem seus motivos, Rockefeller deu origem a uma dinastia de doação caridosa que se estende até os dias atuais.
É claro, Andrew Carnegie faz o melhor herói. Ele, afinal, fez parte das tecnologias emergentes que fizeram o nosso país. E a sua doação surgiu de um núcleo profundo de princípios. No entanto, o clã Rockefeller assumiu o manto do serviço público. Eles se tornaram líderes políticos e doadores profissionais – um morreu fazendo pesquisa antropológica na Nova Guiné.
O dinheiro cria responsabilidade. Mais cedo ou mais tarde, percebemos que temos um mundo decente para viver apenas quando o dinheiro criado pela nossa previsão tecnológica volta para aumentar o conhecimento e a beleza desse mundo.
Eu sou John Lienhard, da Universidade de Houston, onde estamos interessados na forma como as mentes inventivas funcionam.
(Música temática)