Neste verão serão 14 anos desde a Copa do Mundo de 2006 Alemanha em que a Itália foi campeã depois de ser a França nos pênaltis na final – um jogo que será sempre lembrado por Zidane ter sido expulso depois de bater de cabeça em Marco Materazzi durante a prorrogação.
Foi um incidente que se seguiu aos dois jogadores desde então – ambos foram multados pela FIFA na altura e só recentemente é que discutiram o assunto. Em uma entrevista esta semana, Materazzi falou em detalhes, pela primeira vez, sobre o que aconteceu: “A cabeçada de Zidane? Eu não estava esperando por isso naquele momento. Tive a sorte de todo o episódio me ter tomado de surpresa, porque se eu tivesse esperado que algo assim acontecesse e estivesse pronto para isso, tenho certeza de que nós dois teríamos acabado sendo expulsos”, explicou o ex-zagueiro da Inter de Milão.
“Tinha havido um pouco de contato entre nós na área. Ele havia marcado o gol da França no primeiro tempo e o nosso técnico (Marcello Lippi) me disse para marcá-lo. Depois daquele primeiro pincel entre nós, pedi desculpas, mas ele reagiu mal”, lembrou Materazzi. O final da partida continuou até os 110 minutos, quando as coisas chegaram a uma cabeçada. “Depois do terceiro confronto, eu franzi o sobrolho e ele retorquiu: ‘Eu dou-te a minha camisa mais tarde’. Eu respondi que preferia ter a irmã dele do que a camisa”.
Zidane: “Não me orgulho do que fiz a Materazzi”
Foi a gota d’água final para Zidane, que virou e deu uma cabeçada em Materrazi no peito. Depois de rever o incidente, o árbitro mandou-o embora. Zizou falou sobre isso pela primeira vez em uma entrevista para a Téléfoot, em 2017: “Não estou orgulhoso do que fiz. Uma das primeiras coisas que fiz foi pedir desculpas a todos os jovens jogadores na frente de todos, a todos os treinadores que tentam garantir que o futebol não é sobre outra coisa, não é sobre isso. Mas faz parte da minha carreira, é parte da minha vida e parte de coisas que podem não ser tão sérias, mas é algo que tenho de aceitar que aconteceu e aceitar”.